segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Raciocínio rápido

Naquelas frações de segundo em que se pode pensar antes de responder a uma pergunta, quando todos os mecanismos de defesa são acionados, toda as certezas e convicções são postas em ação, deve-se ponderar todos os fatos e as aparências em questão.

Nessa situação se encontrava Marília Bela. O que poderia dizer para quem a questionasse sobre o seu namorado, sobre o que ele achava dela viajar sozinha? No que teria de pensar para estar segura de sua resposta?

 1)  É verdade ou mentira que essa pergunta está sendo feita?
 2)  Ela ainda teria idade para ter namorado ou é conversa fiada?
 3)  Alguém poderia estar interessado nela ou seria apenas curioso?
 4)  Por que teria de responder a isso?
 5)  Será que poderia mentir a idade que tem?
 6)  Será que ainda poderia ter um namorado?
 7)  Será que é o seu espírito que a deixa jovem?
 8)  Será que iria cair num papo tão bobo, numa cantada tão barata?
 9)  Será que um argumento tão machista iria derrubar toda a sua luta feminista?
10) Será que quem a teve não vê o risco de perdê-la?

Bela, Marília Bela, não sabes que a rapidez de teu raciocínio é tua maior arma? Qualquer que seja a resposta, indubitavelmente, será mais poderosa que tua beleza, mais mortal e mais certeira que um combate de cem mil homens. Bela, Marília Bela, cantada por poetas, musa eterna! Não sabem eles o que de mais belo tens...

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