segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Volume

Volume. Substantivo masculino. Palavra trissílaba. Paroxítona. Inicialmente derivada do latim, significando movimento giratório, rolo. Na bibliologia: unidade física de uma obra impressa. Para a geometria: medida de espaço ocupada por um sólido. Pacote, embrulho, fardo. Corpulência, tamanho, desenvolvimento. Intensidade de som ou voz.

Mas volume, atualmente, não significa nada disso. É, na verdade, um mantra.

Volume é a quantidade de passos que consigo percorrer diariamente na minha corrida diária, na qual não me preocupo com velocidades, largadas ou chegadas. Minha mente só pensa nessa palavra antiga de significado recondicionado: volume, volume, volume.

O volume percorrido pelos meus passos é diretamente proporcional à velocidade fugaz dos meus pensamentos. A linha de chegada não é a meta. O volume é a meta.

O esforço, o suor, o cansaço, pensamentos derrotistas, o desânimo, tudo, enfim, é aplacado na minha mente pela concretude da palavra volume.

Por mais difícil que seja, eu me concentro: volume, volume, volume. Só mais um pouco. Vamos lá!

Então, como um mantra, repito a cada passada: volume. E chego ao meu destino.

         volume volume volume volume volume volume volume volume volume volume volume volume volume volume volume volume volume volume volume volume volume volume volume volume volume volume volume volume volume volume volume volume volume volume volume volume volume volume volume volume volume volume volume volume volume volume volume volume volume volume volume volume volume volume volume volume volume volume volume volume volume volume volume volume volume volume volume volume

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