sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Meu carinho vai para W.

Já gastei muitas canetas, cadernos e folhas.

Já escrevi no ar, na areia e na poeira (aos seis anos de idade, quando quis fugir de casa e deixei um "recado" no criado-mudo).

Já escrevi pensando, cantando, orando, mentalizando. Mas nunca me senti tão motivada quanto agora, incentivada por meu amigo W.

Sabe aquelas pessoas que a gente tem pouco contato, que é amigo do seu amigo e que, por acaso, gosta de você? Então, W. é assim. Nosso contato é muito pequeno, mais pela distância e  pela falta de oportunidade que por falta de afinidade, imagino. W. é amigo e companheiro de minha amiga D. Acho que pelo fato de eu ter passado quase dois terços de minha vida compartilhados com D., W. tem um carinho por mim, deve ter, não é possível que meu nome não seja citado naquela casa pelo menos.... bem, deixemos isso de lado, o que importa é a qualidade. Enfim, dessa amizade ficou uma grande saudade! Sempre que vou para sua cidade, eu me empenho em vê-los. Num desses dias, W. me perguntou porque eu não escrevia... ou seja, porque não colocava em prática essas palavras soltas, voláteis. Por quê? Por quê? Por quê?

Eu não soube responder... me senti mole, amorfa. Mas também me senti desafiada. Demorou um mês para eu ensaiar este começo. E aqui estou. No fundo, no fundo, não preciso de pretexto. O que me impulsiona pode estar em qualquer lugar, ao meu lado ou longe, de modo bem simples ou dolorido, bebendo ou não, acompanhada ou só.

Meu carinho vai para W., que me fez querer responder à sua pergunta.

Um comentário:

  1. C. adorei sua resposta à minha pergunta, em forma de textos, crônicas...neste belo blog. Meu carinho é recíproco por você. Assinado: W.

    ResponderExcluir