sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Pegada flower power

A vida tem que ter sabor. Bom.
Levamos uma vida muito regrada, muito compromissada, muito sóbria.
Acordamos cheios de compromissos e vamos dormir já comprometidos com o rendimento do amanhã.
Não sobra prazer, não sobra diversão. Aliás, falta.
A vida assim é muito chata.
Proponho uma pegada flower power.
Quero a alegria da cor do sol, o sabor dos ventos, a sensação do caminhar livre, descalço.
Quero ouvir o barulhinho das águas, das aves, das ondas.
Quero os cheiros todos a que tenho direito:
maresia, terra molhada, fogão a lenha, estrume de vaca, flores do campo, café quentinho, cachorro molhado, flor de laranjeira, chuva de verão, bolo saindo do forno, cheiro de cavalo galopante, cheiro de roça, cheiro de montanha, cheiro de mar.
Flower Power são meus olhos, são meus ouvidos, são minhas mãos e meus pés.
Flower Power é o meu coração. Sou eu inteira nos anos setenta, braços abertos, peito aberto, cabelos abertos ao vento, que passa por mim e não me derruba; que passa por mim e me firma ainda mais.
Contagiar e ser contagiado por uma mente aberta...

Eu sou flower power. E você?

Um comentário:

  1. Na rua Pouso Alegre tem uma loja que se chama Flower Power. Toda vez que eu passo por lá, tenho vontade de parar e conversar... um dia ainda faço isso!

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